Em um dos episódios mais alarmantes de negligência na saúde de Coroatá, o senhor Francisco de Souza, um idoso de 80 anos e morador do provoado Bacabalzinho dos Vianas, enfrenta uma situação de extrema gravidade após uma cirurgia malsucedida no Hospital Macroregional, em novembro do ano passado. A denúncia revela um cenário de sofrimento e desamparo vivido por esse cidadão humilde e pobre.
Segundo informações dos familiares, o senhor Francisco foi submetido a uma cirurgia de próstata no Macroregional, na qual ocorreu um erro que resultou na perfuração da bexiga. O idoso passou sete meses internado, submetendo-se a três cirurgias, sem que o problema fosse corrigido. Em um estado crítico, foi liberado para casa com a cirurgia praticamente aberta, conforme relato dos familiares.
Após o retorno para casa, Francisco começou a enfrentar complicações de saúde, incluindo vazamento de urina pela cirurgia. Ele foi encaminhado novamente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde permanece internado na sala amarela, aguardando uma transferência para um hospital na capital, São Luís. Surpreendentemente, essa espera já se arrasta por um ano.
O drama vivenciado pela família desse idoso expõe uma série de falhas no sistema de saúde local. Em contato com a diretora da UPA, Samia Lima, foi confirmado que estão empenhados em encontrar uma solução para Francisco, buscando um leito em um hospital da capital. No entanto, a diretora destacou a difícil realidade, informando que todos os leitos estão ocupados, e a busca por uma transferência torna-se um desafio complexo.
Ao ser questionada sobre a situação, a diretora da UPA, Samia Lima, afirmou: "É inadmissível esse cidadão passar por tudo isso." Ela mencionou que a unidade está em contato com a Secretaria de Saúde do Estado para tentar resolver a questão. A falta de resposta efetiva sobre a disponibilidade de leitos em hospitais da capital agrava a aflição vivida pelo idoso e sua família.
A equipe de reportagem procurou abordar esse caso anteriormente, mas não obteve retorno das autoridades competentes. Agora, com o agravamento da situação e a confirmação da diretora da UPA, fica evidente a urgência de uma intervenção eficaz para garantir o atendimento digno e a solução do problema para o senhor Francisco de Souza. O descaso presente nesse caso clama por uma atenção imediata das autoridades de saúde locais e estaduais.
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